O novo salário mínimo e a Previdência Social

O novo salário mínimo, fixado em R$ 724, vai injetar R$ 28,4 bilhões na economia brasileira, a partir de janeiro do ano que vem, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o levantamento, o valor de R$ 724, que significa uma alta de 6,78% sobre o atual salário de R$ 678, representa um poder de compra equivalente a 2,23 cestas básicas, a maior quantidade registrada nas médias anuais desde 1979. Embora ainda abaixo do salário mínimo necessário estabelecido pelo próprio Dieese, de R$ 2.761, em novembro, o novo valor acumula ganho real de 72,35%, descontada a inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV), desde 2002, quando o piso foi estabelecido em R$ 200.

Cálculo:

O valor de R$ 724 corresponde à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, de 1,03%, somada à projeção da inflação de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 5,54%. O Dieese aponta, também, que 48,2 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo — entre esses, 21,4 milhões de beneficiários do INSS e 4,2 milhões empregados domésticos — e estima que o novo piso, autorizado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, vai engordar os cofres públicos em R$ 13,9 bilhões, por meio de arrecadação tributária sobre o consumo.

Nas contas da Previdência, o aumento de R$ 46 no salário acarretará um aumento nos gastos anuais em torno de R$ 12,8 bilhões. De acordo com o estudo do Dieese, o peso relativo da massa de benefícios equivalentes a um salário é de 48,7% e que cada R$ 1 a mais no salário tem um impacto estimado em R$ 278,54 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência. (VB).

Fonte: Correio Braziliense.´

 
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